SPFW Inverno 2011 - 2º dia

Reinaldo Lourenço, a cartela de cores se manteve no branco, preto e vermelho com estampas de mini bocas. Transformou coletes e smokings em vestidos, abusou dos comprimentos longos e em algumas peças foi aplicado pérolas, tanto pretas quanto brancas, que deu um efeito de poá 3D .Fendas e cintos deixou o desfile sofisticado e sensual.São roupas ideais para uma mulher chic!

Estreando na SPFW a Ghetz, Lucas Nascimento vai fundo no tricô, e reinventa pontos novos. O estilista tentou passar um ar mais jovial a toda essa tricôtagem, mas no final o stylist pecou, acrescentando meias coloridas com sandálias baixinhas abertas - isso me lembrou vovós que usam muito - poderia ter ficado com esse truque só as sandálias mais altas. O trabalho com o tricô teve um toque de tecnologia, acrescentando volume, textura e transparência. Destaque para os casaquinhos, paletós e os cintos que deram um ar mais moderno.

Ellus, em parceria com fotografo Jacques Dequeker, é criado um cinema 3D ao invés da típica passarela, foi apresentado um filme com a coleção. Os protagonistas foram a modelo Aline Weber e o jeanswear com brilho, no tema  futurista que acompanhou a onda do filme, já que a coleção foi apresentada ao vivo no shopping Iguatemi (SP) e no Fashion Mall (RJ). Destaque para os sapatos, a bolsa com franjas e os coletinhos de pele fake.

O desfile mais divertido do dia ficou por conta da Neon. Algumas roupas com inspiração no esporte, deram vida a quimonos e  um maiô com estampa, o qual acho que se perdeu um pouco. Fora isso, houve o lado ousado com cores como preto, branco e vermelho, formas justas e salto. Mas o melhor da coleção com certeza foram as roupas com estampas gráficas bem brasileiras, e bem a cara da marca, principalmente os imensos kaftãs divertidos. O que chamou mais atenção foram as “mãos” entre uma roupa e outra, creio que foi uma homenagem ao Dudu Bertholini, que em todas as fotos faz uma pose diferente com a mão, luxo né?. Neon sempre com o verdadeiro espírito!

Penúltimo desfile do dia foi realmente incrível! A Amapô criou um inverno trash, grunge, cheio de atitude e com cara de tudo reciclado (como deve ser nos dias de hoje!). As peças tinham um lindo trabalho de patchwork de tecidos coloridos e diferentes texturas, além de muito tricô e alfaiataria desconstruída para esquentar os dias de frio. Os acessórios também arrasaram, laços de veludo no punho e uma bota que com certeza muita gente amou! 

O último desfile ficou por conta do grande Alexandre Herchcovitch. Foi um verdadeiro show, Alexandre fez uma coleção pesada, forte, misteriosa e cheia de glamour! O trabalho de renda verde- junto com tricô e outros tecidos pesados, fez um contraste marcante nas roupas estruturadas e com corte e shape perfeito. A grande atração foi a transsexual Lea T. que desfilou exclusivamente para a marca.

Um show de arte!